A quem se informa por aqui, venho avisar que o evento do dia 16/09/2009 foi cancelado devido ao mal tempo.
Pedimos desculpas aos carroceiros, imprensa, colaboradores e voluntários por esse acontecimento.
Contudo estaremos novamente em Guaratiba dia 21/09/2009, segunda feira para realizarmos nosso dia de trabalho.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Programa Carroceiro Legal - 27/07/09
Realizado durante o dia todo em frente ao CIEP Hildebrando de Araújo Góis, em Guaratiba, o evento foi o primeiro de uma série de incursões a serem realizadas em comunidades com grande contingente de animais de tração.
O evento foi realizado em parceria com a SEPDA e a Defesa Civil de Guaratiba.
Ao todo, foram atendidos quinze animais da região.
Nós – Isabel, Luciana e Dr. Alceu, veterinário da SEPDA, fomos recebidos com curiosidade pela comunidade local, dada a natureza do trabalho que seria realizado. Fomos informados que os carroceiros da região estariam receosos em trazer os animais para a consulta por temerem represálias e a apreensão de seus animais, o que está distante da premissa do Projeto Equus.
O que mais chama a atenção nos animais atendidos é a infestação por carrapatos. Associada à presença dos parasitas, está a constatação de que os animais – todos – são bem alimentados. Infelizmente, a idéia de fotografar o interior da boca dos animais só nos ocorreu em uma conversa ao término do evento porque essas fotos serviriam de comprovação: foram encontrados restos recentes de milho e ração em quase todos os animais. Animais estes pertencentes a proprietários que foram abordados ali mesmo na rua e que não faziam idéia do que se tratava o evento.
Dentre os animais atendidos, apenas um estava completamente desferrado. Três apresentavam todos os membros calçados e o restante apresentava ferrageamento irregular, o que evidencia a intenção de preservar os cascos dos animais. Contudo, é notório que a comunidade não dispõe de um bom ferrador, o que nos levou a considerar a possibilidade de procurar os serviços voluntários de um profissional da área, inclusive para corrigir em loco as ferrações mal feitas e extrair os cravos incorretamente colocados e/ou esquecidos.
Ficou patente durante os atendimentos que o lugar comum em que “o carroceiro é monstruoso com seus animais” simplesmente não procede. O tão divulgado “olhar tristonho” dos animais de carroça se deve às infestações por carrapatos e vermes, que anulam os esforços, ainda que mal orientados, dos proprietários, em alimentar seus animais. O inimigo a ser combatido é, de fato, o carrapato.
Foi nos dada a oportunidade de enxergar uma situação social conjugada com uma de saúde pública e bem estar animal. O perfil do carroceiro atendido não é padronizado, mas todos pertencem à mesma realidade de não conhecer de fato as reais necessidades dos animais, em termos veterinários e de nutrição e ferrageamento. As crendices, a virilidade e a carga horária de trabalho são responsáveis por diversos deslizes no manejo. Não é lógico nem lúcido exigir de um homem, ou de um rapaz, que preconize o descanso do animal a intervalos de 2 horas quando ele mesmo não tem essa chance. Foi ouvido mais de uma vez que “ se eu agüento, ele agüenta também”, e não com descaso ou maldade. Com orgulho. O fato de o animal resistir à carga, ao sol, à sede e às doenças debilitantes é visto com orgulho pelo condutor. Evidencia um animal forte, “guerreiro”, como eles próprios se vêm.
Considerar o cavalo sem considerar o condutor e sua realidade é um erro ingênuo e romântico que não ajuda a nenhum dos dois. Este primeiro evento serve como base para nossas futuras atividades, na medida em que nos mostra caminhos a serem seguidos, e nos diz a real necessidade de equipamento, pessoal e medicação. Ficou clara a necessidade de um ferrador nas incursões, de carrapaticidas, de limpadores de cascos e graxa apropriada para uso veterinário. De um assistente social para nos ajudar a entender melhor a situação em que nos dispusemos a atuar.
Finalmente, gostaríamos de agradecer imensamente ao Dr. Alceu , cujo apoio e orientação foram inestimáveis, ao GAC/Defesa Civil de Guaratiba, por intermédio de Vlademir e Ângelo, sempre solícitos para conosco, e ao secretário de Proteção e Bem Estar Animal da cidade do Rio de Janeiro, Sr. Luiz Gonzaga, pelo apoio e pela confiança.
Voltaremos a Guaratiba no fim de Agosto, talvez em mais de uma localidade, e começamos a nos preparar para em um futuro próximo, poder atuar beneficamente em Paquetá, sempre com o horizonte de conhecer todos os lados da questão.
Fotos a seguir.
O evento foi realizado em parceria com a SEPDA e a Defesa Civil de Guaratiba.
Ao todo, foram atendidos quinze animais da região.
Nós – Isabel, Luciana e Dr. Alceu, veterinário da SEPDA, fomos recebidos com curiosidade pela comunidade local, dada a natureza do trabalho que seria realizado. Fomos informados que os carroceiros da região estariam receosos em trazer os animais para a consulta por temerem represálias e a apreensão de seus animais, o que está distante da premissa do Projeto Equus.
O que mais chama a atenção nos animais atendidos é a infestação por carrapatos. Associada à presença dos parasitas, está a constatação de que os animais – todos – são bem alimentados. Infelizmente, a idéia de fotografar o interior da boca dos animais só nos ocorreu em uma conversa ao término do evento porque essas fotos serviriam de comprovação: foram encontrados restos recentes de milho e ração em quase todos os animais. Animais estes pertencentes a proprietários que foram abordados ali mesmo na rua e que não faziam idéia do que se tratava o evento.
Dentre os animais atendidos, apenas um estava completamente desferrado. Três apresentavam todos os membros calçados e o restante apresentava ferrageamento irregular, o que evidencia a intenção de preservar os cascos dos animais. Contudo, é notório que a comunidade não dispõe de um bom ferrador, o que nos levou a considerar a possibilidade de procurar os serviços voluntários de um profissional da área, inclusive para corrigir em loco as ferrações mal feitas e extrair os cravos incorretamente colocados e/ou esquecidos.
Ficou patente durante os atendimentos que o lugar comum em que “o carroceiro é monstruoso com seus animais” simplesmente não procede. O tão divulgado “olhar tristonho” dos animais de carroça se deve às infestações por carrapatos e vermes, que anulam os esforços, ainda que mal orientados, dos proprietários, em alimentar seus animais. O inimigo a ser combatido é, de fato, o carrapato.
Foi nos dada a oportunidade de enxergar uma situação social conjugada com uma de saúde pública e bem estar animal. O perfil do carroceiro atendido não é padronizado, mas todos pertencem à mesma realidade de não conhecer de fato as reais necessidades dos animais, em termos veterinários e de nutrição e ferrageamento. As crendices, a virilidade e a carga horária de trabalho são responsáveis por diversos deslizes no manejo. Não é lógico nem lúcido exigir de um homem, ou de um rapaz, que preconize o descanso do animal a intervalos de 2 horas quando ele mesmo não tem essa chance. Foi ouvido mais de uma vez que “ se eu agüento, ele agüenta também”, e não com descaso ou maldade. Com orgulho. O fato de o animal resistir à carga, ao sol, à sede e às doenças debilitantes é visto com orgulho pelo condutor. Evidencia um animal forte, “guerreiro”, como eles próprios se vêm.
Considerar o cavalo sem considerar o condutor e sua realidade é um erro ingênuo e romântico que não ajuda a nenhum dos dois. Este primeiro evento serve como base para nossas futuras atividades, na medida em que nos mostra caminhos a serem seguidos, e nos diz a real necessidade de equipamento, pessoal e medicação. Ficou clara a necessidade de um ferrador nas incursões, de carrapaticidas, de limpadores de cascos e graxa apropriada para uso veterinário. De um assistente social para nos ajudar a entender melhor a situação em que nos dispusemos a atuar.
Finalmente, gostaríamos de agradecer imensamente ao Dr. Alceu , cujo apoio e orientação foram inestimáveis, ao GAC/Defesa Civil de Guaratiba, por intermédio de Vlademir e Ângelo, sempre solícitos para conosco, e ao secretário de Proteção e Bem Estar Animal da cidade do Rio de Janeiro, Sr. Luiz Gonzaga, pelo apoio e pela confiança.
Voltaremos a Guaratiba no fim de Agosto, talvez em mais de uma localidade, e começamos a nos preparar para em um futuro próximo, poder atuar beneficamente em Paquetá, sempre com o horizonte de conhecer todos os lados da questão.
Fotos a seguir.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
(Foto:Vlademir (DC), Isabel e Luciana (Equus) e Fernando o Voluntário)O Equus é mostrado pela primeira vez em evento público na cidade de Guaratiba,
com o apoio da Defesa Civil, Ogrigadaaa Vlademir!
Montamos banca do lado do Lions Club e sua equipe de moças bem humoradas e trabalhadoras (obrigada Regina!).
Apresentamos o banner e panfletamos em meio muitas famílias de motociclistas do eventdo organizado
por Marcelo, Luza e sua famílhona, os Cowboys de Jesus.
Percorremos um bom trecho de Guaratiba deixando material informativo nos pontos onde se encontram
os carroceiros divulgando o próximo evento com a ajuda de um cara muito irreverentem cedido cordialmente pelo Vlademir.
Fernando (tubarão) nos aguentou o dia inteiro ouvindo sobre tudo que é tipo de coisas que envolvem cavalos, e dividindo também um pouco de sua
história conosco.
E nessa andança vimos um bom número de animais ora soltos ora amarrados nas beiras de pista, uns bem cuidados outros nem tanto, reafirmando que é lá que precisamos começar.
Nesse caminho vamos encontrando pessoas muito especiais com tantas histórias e vivências que só
enriquecem.
Só tenho que agradecer a todos que ajudaram, conversaram, se interessaram por nossa iniciativa.
Mil beijos e até dia 27.
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